Aspecto da cidade de Santiago, no Rio Grande do Sul, em foto de 1959.

Destaque para os carros estacionados e a torre da igreja ao fundo.

Localizado na região central do Rio Grande do Sul, Santiago é conhecida como a “Terra dos poetas “, devido a tradição literária, sendo berço de muitos poetas de renome nacional e internacional.

Santiago, além disso, possui o Festival da música Crioula, por onde já passaram famosos cantores e compositores tradicionalistas. O Município é reconhecido pelo seu orgulho nas tradições Farroupilhas.

As referências sobre o local onde situa-se o Município de Santiago, datam desde a época em que ocorreu a ampliação das Missões do Paraguai, quando os Jesuítas, alcançando a margem oriental do rio Uruguai, fundaram povoações em territórios do Rio Grande do Sul, no século XVIII.

Com a introdução do gado em 1534 pelos Jesuítas, organizaram-se pequenos currais nas cercanias dos povoados. Para transportar o gado das grandes estâncias até as aldeias, distribuídas no Planalto Meridional, utilizavam-se os desfiladeiros em Santa Maria da Boca do Monte e de Santiago do Boqueirão.

Assim, a Coxilha Seca que se prolonga até as terras baixas de São Francisco de Assis e que começa na elevação das nascentes dos rios Itu e Curuçu – o chamado Boqueirão – era uma passagem natural do gado procedente das estâncias missioneiras.

Já em 1753, as partidas de demarcação, organizadas para dar cumprimento ao estabelecido pelo Tratado de Madri, foram impedidas de dar prosseguimento ao seu trabalho por uma barreira formada no posto avançado de São Tiago, da Estância de Santo Antônio, que pertencia ao povo de São Miguel.

Conta-se, também, que em 1756 foi erguida uma capela pelos padres jesuítas em homenagem ao Santo Apóstolo Tiago, decorrendo daí o nome do Município.

Em torno de 1860 iniciou o processo que acelerou modificações na paisagem humana das Missões. Funda-se a quatro léguas do povo de São Luís das Missões, uma colônia que assentou 350 alemães, 14 belgas, 5 franceses e 4 suíços.

O coronel José Maria Pereira de Campos foi encarregado de organizar a colônia de Ijuí que traria mais europeus à região.

Os Polacos começaram a chegar no final da década de 1890 do século passado, com o estabelecimento da Colônia Jaguari, estendendo-se até as localidades de Sanga da Areia e Ernesto Alves.

Em 1834, Arsène Isabelle, diplomata francês radicado em Montevidéu, em viagem pelas regiões missioneiras, refere-se à localidade de Boqueirão de Santiago, onde registra a existência de três ou quatro chácaras e estâncias, constatando a escassez de habitantes.

Se os alemães e os italianos foram predominantes no fluxo de imigração européia na região missioneira, elementos de outras nacionalidades também trouxeram sua valiosa contribuição, como suíços, belgas, poloneses e franceses. Em síntese, as colônias estabelecidas a partir de 1860 na região missioneira proporcionaram diversificação de tipos humanos no Município de Santiago, como nos Municípios vizinhos, de procedência predominantemente européia.

Origem do nome do município

Santiago foi um território habitado pelos marroquinos e se constituía numa parte da Estância Jesuítica de São Miguel. Era a Estância de São Tiago ou Santiago.

Foi construída no Município a Capela de São Tiago, que pertencia a essa Estância de São Miguel e que se situava, de acordo com pesquisas de historiadores, no local que é hoje a Fazenda da Forqueta, de propriedade da sucessão de Dona Joaquina Lopes, a 15 km da cidade.

Neste local, até 1930 podia-se constatar a existência de paredes de pedras. Em 1756, houve a Guerra Guaranítica, em que faleceu Sepé Tiaraju em 07 de fevereiro do mesmo ano, no local conhecido como Sanga da Bica no centro do município gaúcho de São Gabriel. No dia 10 fevereiro, ocorreu a batalha do Caiboaté no interior do Município de São Gabriel onde foram mortos cercade 1.500 índios pelos exércitos coligados de Espanha e Portugal. Após a chacina que ocorreu lá, os índios cotinuaram apresentando resistência até o domínio completo dos 7 povos missioneiros pelos exércitos espanhol e portugues para fazer cumprir o Tratado de Madri, origem da Guerra Guaranítica.

Fonte: Biblioteca IBGE/Wikipédia

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Luiz Carlos da Cruz
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