“Não podemos deixar que nada impeça que o Brasil continue respirando”, diz Temer

Em evento comemorativo de um ano da Lei de Responsabilidade das Estatais, o presidente Michel Temer e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disseram que as estatais brasileiras estão cumprindo o cronograma previsto para a aplicação da nova legislação, e que Banco do Brasil , Petrobras e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já se adaptaram integralmente às novas regras antes do prazo previsto. De acordo com o governo, com as mudanças, já é possível perceber redução da dívida e no aumento do valor de mercado das estatais. Em discurso, o presidente voltou a falar sobre o atual momento político e defendeu que o Brasil precisa continuar funcionando.
“O Brasil não tem tempo a perder”, disse. “Não podemos deixar que nada impeça que o Brasil continue respirando”, completou.
Lei das Estatais
Sobre a Lei das Estatais, Temer reiterou que a falta de responsabilidade com as contas, tanto nos governos como nas empresas, na busca por “aplausos fáceis”, é o que destrói as empresas e corrompe as instituições brasileiras. “A ideia principal dessa lei é que era preciso protegê-las de assédios ilegítimos de quem quer que fosse, na tentativa de impedir qualquer influência que não fosse geradora de uma administração eficiente”.
A Lei das Estatais estabeleceu novas regras para nomeação de diretores e conselheiros, como a proibição de que dirigentes partidários, ocupantes de cargos políticos ou políticos que disputaram eleições recentes ocupem diretorias ou conselhos. Por meio dessa restrição, busca-se evitar que sejam feitas indicações políticas para o comando das estatais.
Segundo ele, foi tomando esses cuidados que a Petrobras conseguiu sair de um prejuízo de R$ 3,8 bilhões para um lucro de R$ 4,8 bilhões no período de um ano. “Após 7 anos de crescimento das dívidas, as estatais viram reduzir seu endividamento em 24% [entre 2015 e 2016]. Com isso o valor de mercado dessas empresas conheceu um incremento extraordinário”, argumentou.
Temer reiterou que a responsabilidade fiscal é o “caminho da democracia, da justiça e do desenvolvimento” e que é preciso avançar “em nome dos 14 milhões de brasileiros que não têm carteira assinada”.
Redução de endividamento
O ministro Dyogo Oliveira disse que as “três das maiores empresas já cumpriram integralmente todas as determinações”, referindo-se ao Banco do Brasil, BNDES e Petrobras. “Essas ações de gestão nos traz resultados efetivos e concretos”, disse.
“Em primeiro lugar, o resultado financeiro das principais empresas, que no primeiro trimestre de 2016 foi um somatório de apenas R$ 500 milhões, passou nesse primeiro trimestre de 2017 para R$ 10,5 bilhões e um crescimento de 2000%. Tivemos também crescimento de valor de mercado da Eletrobas de 144%; do Banco do Brasil, de 70%; e da Petrobras, de 54%”, afirmou o ministro.
De acordo com Oliveira, o endividamento das empresas caiu de R$ 544 bilhões para R$ 437 bilhões entre o fim de 2015 e o final de 2016. “Essa tendência de queda permanece ao longo de 2017 e teremos ao final do ano um endividamento ainda menor”.
(Agência Brasil)