A aeronave EMB 111 foi criada em 1977 e ficou conhecida no Brasil como “Bandeirulha”. É uma versão adaptada do avião Bandeirante da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Seu objetivo era desenvolver missões de esclarecimento marítimo, busca e salvamento e foi projetada com o intuito de suprir uma necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB), que procurava substituir os antigos Neptune P-15.
Na imagem, sem data, mas provavelmente dos anos 70, uma aeronave desse modelo sobrevoa a cidade de São José dos Campos (SP).
A versão possui calibragem de auxílios à navegação, com capacidade para até cinco passageiros, dois pilotos, um operador de radar e dois observadores. Equipada com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-34, de 750 SHP, pode atingir a velocidade de cruzeiro de 385 km/h. Seu tanque de combustível tem maior capacidade do que o Bandeirante convencional, e, por isso, possui maior autonomia de voo.
O nariz do Bandeirante foi modificado, coberto pelo radome de fibra de vidro que protege a antena de seu radar AN/APS-128, utilizado para vigilância costeira, busca, salvamento, navegação e apoio na elaboração de cartas meteorológicas. O radar é capaz de detectar um alvo de 150 m² a cerca de 100 quilômetros de distância, mesmo em mares agitados. Estas características foram essenciais para uma das primeiras missões do Bandeirulha na FAB: descobrir barcos pesqueiros clandestinos nas linhas de cardume da costa norte do Brasil. Para as buscas noturnas, o Bandeirulha possui ainda um potente farol na asa direita.
Na época de seu lançamento, o grande diferencial eram os equipamentos eletrônicos, que possibilitavam assumir o comando automático, além de outras vantagens que nenhum outro avião similar de sua categoria possuía.
Fonte: Biblioteca IBGE