A fotografia da década de 1950 revela a importância histórica do Mercado Central de Fortaleza,  no Ceará. A trajetória desse emblemático local começa em 1809, quando a Câmara Municipal autorizou a construção de um mercado de madeira destinado ao comércio de carnes, frutas e verduras. Este primeiro mercado atendeu às necessidades da população até 1814, quando suas instalações foram demolidas para dar lugar a um novo edifício denominado Cozinha do Povo.

Ao longo do século XX, em 1931, ocorreu uma significativa transformação no perfil comercial do mercado. O comércio de carnes, frutas e verduras foi proibido dentro do prédio, e suas instalações passaram a ser ocupadas por produtos utilitários e decorativos feitos artesanalmente, como vestimentas, artigos de cama e mesa, derivados do caju, bebidas e doces típicos. Essa mudança refletiu um novo foco no artesanato local e na cultura cearense.

Diversas reformas marcaram a evolução do Mercado Central. Em 1975, uma grande renovação foi realizada, e o mercado foi reinaugurado em um espaço de 1.200 metros quadrados. Nesse período, o mercado se tornou um ponto central para a venda de artesanato produzido no Ceará, incluindo rendas de bilro, redes e cerâmicas. A partir dessa época, Fortaleza começou a emergir como um importante destino turístico no Brasil, e o Mercado Central consolidou-se como uma atração cultural relevante.

Na década de 1990, o mercado enfrentou desafios significativos devido à precariedade de suas instalações, que apresentavam risco de incêndio. A demanda crescente pelos produtos do mercado, que já estava saturado, exigiu uma nova intervenção. Em resposta, foi construído um novo espaço, e a administração do mercado foi transferida para a recém-criada Associação dos Lojistas do Mercado Central (ALMEC), conforme estabelecido pela lei n.º 8073, de 21 de outubro de 1997.

O novo prédio do Mercado Central de Fortaleza foi inaugurado em 19 de janeiro de 1998, na Avenida Alberto Nepomuceno, com instalações projetadas pelo arquiteto Luiz Fiúza. Esta nova fase marcou um importante marco na história do mercado, revitalizando seu papel como centro de comércio e cultura, refletindo a rica tradição artesanal do Ceará e atendendo às demandas de um público cada vez mais diversificado.

 

Fonte: Biblioteca IBGE/Wikipédia

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Luiz Carlos da Cruz
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